Uma ligação aparentemente comum pode esconder um golpe cada vez mais usado por criminosos. O chamado golpe do telefone com “SIM” consiste em induzir a vítima a pronunciar a palavra “sim” durante a chamada, gravar essa resposta e usá-la fraudulentamente para simular uma autorização, adesão ou contratação que nunca aconteceu.
A estratégia é simples, mas perigosa. Os golpistas exploram a confiança e a distração das pessoas, especialmente idosos, para criar gravações falsas que parecem comprovar o consentimento da vítima.
Como funciona o golpe
O golpe começa quando o criminoso liga para a vítima e faz perguntas inocentes, como: “Você está me ouvindo?”, “É o titular da conta?” ou “Posso confirmar seus dados?”. A resposta “sim” é capturada e depois manipulada em áudios falsos que simulam autorizações. Em seguida, esses registros são usados para justificar contratações indevidas ou cobranças não autorizadas.
Alguns fraudadores ainda combinam o golpe com dados pessoais vazados, tornando as ligações mais convincentes e aumentando a chance de sucesso.
Como evitar cair no golpe do “SIM”
A primeira regra é nunca confirmar nada por telefone quando a ligação for inesperada.
Se alguém pedir para você dizer “sim”, confirmar dados pessoais ou responder perguntas incomuns, desconfie imediatamente. Prefira frases neutras como “quem fala?” ou “do que se trata?”.
Evite passar CPF, número de conta, endereço ou senha. Se a ligação disser ser de um banco, operadora ou empresa, desligue e entre em contato pelos canais oficiais informados no site ou aplicativo.
Outra dica importante é não retornar ligações de números desconhecidos e ignorar mensagens ou links enviados por SMS e WhatsApp logo após chamadas suspeitas. Essa é uma das formas mais comuns de ampliação do golpe.
O que fazer se você cair no golpe
Caso perceba que foi vítima, o primeiro passo é registrar um boletim de ocorrência. Em seguida, comunique imediatamente o seu banco, operadora ou empresa envolvida. Peça o bloqueio de possíveis contratações e acompanhe suas movimentações financeiras.
Se houver prejuízo, busque ajuda jurídica para contestar cobranças indevidas e responsabilizar as instituições envolvidas. É possível reverter fraudes quando há provas de que o consentimento foi forjado. A rapidez na comunicação é fundamental para evitar danos maiores.
Conclusão
O golpe do telefone com “SIM” mostra como criminosos podem transformar uma palavra em uma armadilha. A prevenção é simples: mantenha a atenção, nunca confirme dados e evite dizer “sim” em ligações desconhecidas. Em caso de dúvida, desligue imediatamente. Informação, prudência e cautela são as melhores defesas contra fraudes que exploram a voz e a confiança do consumidor.
